Encontrei um Velho Amigo um Dia Desses
Cristiano Stankus
Memória. Memória e uma garrafa de vinho. Memória e uma varanda. Memória e íntimos fantasmas. Memória e amores. Memória e um homem que resgata a si mesmo, em meio a tantos pedaços de vida, e se bebe, trago a trago, esperando que a luz da manhã lhe traga o bilhete de embarque no vapor – o primeiro ou o último de sua existência? – há muito esperado. Deixar-se ir, porque a vida se esvaziou de sabor e sentido. Saber partir – querer partir para viver longe da dor da carne – um câncer – e do espírito – a saudade. Temos direito à vida, lutamos por ela. Temos direito também à morte? Podemos desistir de lutar por ela? Faz falta perguntar... Frederico, um senhor de 74 anos, enquanto bebe sua última garrafa de vinho, revive – ou passa a limpo – sua dolorida trajetória: a infância, a juventude, a vida adulta; as amizades, as paixões, os amores numa São Paulo a equilibrar-se, convulsiva, na virada do século XIX para o XX.
Cristiano Stankus nasceu na cidade de Dois Córregos, interior de São Paulo, no dia 15 de setembro de 1976. É professor, formado em Pedagogia, no ano de 2013, pela Faculdade Campos Salles, e formado em Letras, no ano de 2016, pelo Instituto Educacional Alpha Plus. Também é poeta, escritor (chamado de “Machadista” pelo amigo Zaqueu Machado!), músico, contador de histórias e pastor evangélico, desde 2004. Há seis anos se dedica ao ensino de crianças do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental I, na rede pública do estado de São Paulo e no Colégio Dias Lemos; mas também lecionou Língua Portuguesa, no ano de 2012, na Escola Estadual Integradas 2 de Maio, na cidade de Fortaleza, estado do Ceará. É apaixonado pela vida e por sua família, fonte de toda sua inspiração.