Scortecci Editora - Matemática - Formato 14 x 21 cm - 1ª edição - 2012 - 212 páginas
Neste trabalho procura-se identificar, analisar e discutir os obstáculos epistemológicos que se apresentam quando se questiona a resistência à inclusão, nos currículos dos cursos de Medicina, de disciplinas que abordem conteúdos de Matemática, especialmente Biomatemática e Modelos Matemáticos. Com base em critérios mistos de antiguidade, tradição, avaliações positivas de órgãos oficiais, conceito junto à mídia, opiniões de professores de Medicina e informações extraídas de consagradas obras de História de Medicina, foram estudados os currículos de seis Faculdades de Medicina do Brasil e dezesseis Faculdades de Medicina de alguns países desenvolvidos, constatando-se que, em todas elas, a disciplina Bioestatística é amplamente aceita. Os obstáculos epistemológicos encontrados são de origem histórica ou oriundos de conhecimentos anteriores equivocados, relativos a estruturas curriculares, professores, perfil do formando, tradicionalismo, conservadorismo, corporativismo, critérios, desequilíbrios, ideologia e relações de poder. Adotou-se, como base de orientação, os estudos de Brousseau, fundados em Bachelard, sobre os obstáculos epistemológicos. Como proposta de currículo sugere-se a inclusão da disciplina Biomatemática no primeiro ano do curso de Medicina e da disciplina Modelos Matemáticos em Medicina, a ser ministrada no segundo ano do aludido curso, juntamente com Bioestatística.