Saint-Exupéry disse num dos trechos de O Pequeno Príncipe: “Quando sorri o universo fica diferente e ouço música e risos em todos os grãos de areia”. É o que Andréa transmite. Onde passa deixa um rastro de luz, chega de mansinho, sua voz calma e delicada cativa a gente e fica para sempre. Primeiro conhecemos seu coração de anjo espalhado como filha, mãe, esposa, exímia profissional e criatura humana. Depois, bem depois, surge a psicóloga, a jornalista, a professora pós-graduada e o tempo nos familiariza com a mulher portadora de um invejável currículo. O lançamento de sua recente obra Quebra–cabeça é um presente que reúne excelentes crônicas que abordam temas variados das relações humanas, constituindo-se importante obra de autoajuda a tantos quantos transitam pelas ruelas dos desejos, aspirações, questionamentos e porquês da existência. Deixa marcas profundas de sólida formação religiosa e demonstra sedimentado conhecimento nas searas jornalísticas, psicológicas e de cultura geral. Ao manusear os escritos, são facilmente perceptíveis os conhecimentos pedagógicos, filosóficos e teológicos trazidos em sua farta bagagem. Andréa, que não segue modismos da atualidade, desenvolve os diversos temas com a maestria e fidalguia que lhe são peculiares. A obra traz inúmeras joias literárias, a exemplo da crônica “Quebra-cabeça”, que dá título ao livro. É uma lição de otimismo e me faz lembrar o estadista americano John Kennedy quando proferiu em um discurso: “O pessimista senta-se e lastima e o otimista levanta-se e age”. As crônicas poderão permitir ao leitor conviver com o bom gosto estilístico, retórico, semântico, rítmico e poético, a exemplo da oração “Agradecimento e Perdão”, que antecede a obra em si e deve estar em nossa cabeceira para que, ao nos deitarmos e levantarmos, nos permita o louvor ao Pai Criador, ao Filho Redentor, ao Espírito Santo Paráclito, à Doce Mãe dos Céus, aos Anjos e aos Santos inscritos no Cânon Celestial. Andréa tem uma passarela pela frente, onde desfilará não só a beleza natural que Deus lhe deu, mas as inúmeras virtudes que a aureolam. Que prossiga nesse apostolado que não finda, tendo por objeto a cultura, pela produção das apreciadas crônicas e no desempenho das diversas missões que lhe são confiadas no exercício profissional ou confessional. Que em cada fragmento de sua vida e história, prossiga mais que nunca a conjugar o verbo amar.
Fernando Costa - Das Academias: Petropolitana de Letras, Brasileira de Poesia, Casa de Raul de Leoni, Letras do Estado do Rio de Janeiro, Associação Brasileira de Imprensa e Instituto Histórico de Petrópolis.
