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  • PRÓLOGO / Fábio Diógenes  
  • Código: 978-85-366-4053-2
  • Scortecci Editora - Literatura - Formato 14 x 21 cm - 1ª edição - 2015 - 44 páginas

  • R$30,00
  • Essa malha que nos envolve é um pouco de tudo que sobrou, não que seja resto, digo sobra porque é exatamente isso. Jamais a festa fora feita para tantos, os desígnios divinos vão à comunhão com os tais escolhidos, não estão na mesma linha que nos une, por outro lado, caminham sobre nós e sorriem do nosso destino. Chamo-me Tião, alguns brincam com meu nome e ficam conju-gando-o, outros me perguntam se não se trata de uma homenagem ao santo, sempre lhes respondo que apesar das flechadas não há muito que haver em comum, mesmo porque Tião é sempre Tião. Certa vez, disseram que Tião era nome de macaco, não levei a mal tal afirmativa, afinal macacos são homens animalizados, e qual a diferença se estamos do mesmo lado quando a luz se apaga? Os colegas me tomavam por brincadeiras diversas pelo fato de me encontrar sempre sorrindo e alegre por minha generosa natureza, então começavam a me gritar: Tião! Tim, ão! Ti ãooooooo! Tinham! Tin, ãoão! E por essas e outras caíamos na gargalhada, mas o que mais agradava era quando um êrezinho me chamava, parecia que meu nome soletrava em suas palavras: T- i -n- h- a- m. Acabou ficando uma mistura de nomes, porém, também, alguns me chamavam pelo apelido que haviam me dado, por causa do tom de minha pele e pelo meu sotaque resultante das misturas de línguas, assim me alardeavam por aí com gritos de Brasil. Era um tal de vai Brasil! Vambora Brasil! Como se fosse possível, naquela idade, eu realizar algo grandioso. Agora vejo que se tratava de uma admiração por parte das cabecinhas ingênuas dos curumins. Depois de um tempo passaram a me chamar por ambos os nomes e na junção, ficou um tanto esquisito, mas gostei, determinaram-no: TINHAM BRASIL.

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