O livro Na mesma viela de sempre além de distinta sonoridade e estética, caracteriza-se pela simplicidade e variedade no seu processo criativo, que reúne desde verso livre à poesia concreta e, como não era pra menos, à poesia de cordel. Da “noite sombria”, que enaltece o medo, à “paixão” que pendura a alma, à “sedução” que acalenta o sonho, até que, “lá se vão as palavras”, a poesia segue procurando abrigo.
É com a força e sensibilidade do homem sertanejo que o poeta José Alves da Nóbrega trilha o caminho da inspiração, fragmentando gestos e brincando com sentimentos, até que no encontro dá se um sorriso e viva! A poesia se revela, para alegria do leitor.
Além disso... Em sua poesia observa-se a paixão pela arte, uma forma ousada de brincar com as palavras e o amor pela vida, registrado nos simples instantes do cotidiano. Assim como eu, espero que todos que percorrerem as páginas deste livro encontrem nelas uma boa lembrança do passado, um momento de reflexão e um sorriso em cada amanhecer.
José Alves da Nóbrega nasceu na cidade de Taperoá, sertão da Paraíba, e foi criado em Campina Grande, também na Paraíba. De origem pobre, teve seu primeiro contato com a poesia já na sua infância, escrevendo: repentes, cordéis e letras de músicas. Também aprendeu a tocar violão voltado para o chorinho com o mestre José Barros (em memória); participou de oficinas de poesias, curso de literatura poética, lecionou violão e escreveu o livro Verso de um nordestino. Hoje reside em São Bernardo do Campo (SP); preserva o pai que é, e o gosto pela poesia.
