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  • BEM-TE-SONHO / Lia Beraldo  
  • Código: 978-85-366-2596-6
  • Scortecci Editora - Poesia - Formato 14 x 21 cm - 1ª edição - 2012 - 204 páginas

  • R$35,00
  • Bem-que-logo-vi quando nos encontramos de súbito na estrada da vida: havia ali uma alma capaz de ouvir e alcançar estrelas. Lia Beraldo é uma dessas pessoas raras: de grande inteligência, imensa sensibilidade e olhos profundos capazes de enxergar a vida através da química da poesia. Capaz de plainar de maneira íntima entre os caminhos complexos dos conhecimentos racionais e, ainda assim, lançar-se de maneira inequívoca nos braços do mítico, do dionisíaco, do intangível mundo da Literatura. Sentam-se à mesa de sua alma, sem qualquer cerimônia: Bilac, Bandeira, Drummond, Pessoa, Clarice, Guimarães Rosa, Neruda, Vinícius e tantos outros para fiarem-lhe a alma enquanto ela os descortina e lhes bebe da sabedoria, da profundidade e do lirismo. À moda de Rosa, cria neologismos ancorados nas minas de sua própria alma. Para Lia, a poesia tem sabor de magia, faz enxergar as estrelas que nem todos veem, faz sentir a irregularidade dos ventos, a ondulação das praias orquestradas pela Lua, os cursos dos rios que mudam o horizonte. Como o poeta, a jovem descobre que de tudo fica um pouco, principalmente nas ondas do coração: há um bem-te-vi cantante que a envolve nas brumas, rasga as ondas, gira pelo mar, navega nos ventos e alcança as estrelas mais inatingíveis. Penso que a autora descobriu que a poesia é elo com os mestres, caridade para sonhar, força para alcançar as estrelas, saudade absurda e infinita, espera no cais, saudação da palavra. A poesia que leva Lia ao amor verdadeiro, que a leva a um bem-voar-por-aí, é um convite para voar sem destino, em busca de um amor talvez não concretizado e nem por isso menos profundo. A poesia que acalenta quando o vento bate e acaricia como se fosse a presença desse amor, oferece-lhe a magia e a inspira nos devaneios sobre o que esse amor poderia ser. Nesse momento, torna-se universal porque a intensidade dos seus sentimentos respinga nas almas dos outros que, como ela, aguardam e esperam, com a obstinação de Penélopes, a chegada de seus Ulisses. Não se engane o leitor: quando menciono a palavra amor, faço-o sintonizando o que seja essa possibilidade rara de seres humanos vivenciarem a experiência única de partilharem sua caminhada com o outro que, a partir da sua singularidade abre os braços e acolhe a doçura e a tormenta daquele a quem ama. Enquanto verseja sobre o amor, Lia faz poesia da melhor qualidade, constrói metáforas preciosas e honra a todos os jovens de sua geração. Ave, Lia! Ave, Palavra!
    Edna Mendes Bastianini

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