Scortecci Editora - Poesia - 14 x 21 cm - 1ª Edição - 2009 - 44 páginas
Poemas IntrospectivosLuis Filipe Rocha de Almeida
Liberdade foi, é e será sempre a luta constante da humanidade. Às vezes de modo absolutamente inconsciente coletiva e individualmente. O libertário tem absoluta consciência da responsabilidade das escolhas e, seu agnosticismo, na medida da incerteza, não permite criar regras ou as endossar para os outros. A responsabilidade individual pela escolha da liberdade é, ao contrário do que os moralistas apregoam, a única forma consciente de estar vivo e participar igualitariamente com a coletividade. A introspecção faz parte desse processo consciente de escolha pela liberdade, pois há que saber quem e porque somos, a fim de identificar quem queremos e podemos ser.Absolutamente SouMinha poesia é rudeFria como pedraDa alma escancaradaDe minhas entranhas mais íntimas.Se não sou felizJamais serei meigo.A felicidade é resultado genéticoComo Darwin expôs:Alguns cachorros e cavalos têm mau humor.É esta minha poesia,Das dores, mesmo irreais, mas que sinto;Do sintoma do que souQuando cuspo no papel Intimidades, que me vão, na alma.Quando abrires as pernasTreparemos e até gozar farei, gozarei,Mas não te iludasSofrerei também aíPorque sou escravo de meus desejos.Minha poesia é ruimMas não me acusem de plágio.Sou absolutamente autêntico, Criativo, original.Este sou eu e a poesia que me refleteRude e grosseiro, Mas honesto; Serei, jamais, outra coisa.Ao morrer, sem culpa ou erro,Escrevam na lápideJaz um poeta, não pelo que escreveu,Pelo que ousou viver.