Scortecci Editora - Poesia - Formato 14 x 21 cm - 2008 - 160 páginas
Nas Asas do Pavão MisteriosoAroldo Camelo de Melo
Lá, onde o poema é pó(len) e tudo que flutua é letra morta. O ignóbil é sagrado. Terra de obtusos. Ali toda linguagem é metálica, carregada, estéril. Espíritos vomitam bits e profetas reverberam vozes cibernéticas na exaltação dos robôs. De soda cáustica é o cálice servido aos poetas. Lá, onde sensibilidade é artigo revogado, não frutifica aves sonhadoras. Quem canta dores e alegrias? Quem grita por socorro? Quem denuncia o estupro da palavra? Sob a égide dos andróides.