Mais Que Palavras
Realidade, Sonhos e Ilusões
Baldo
O poeta como pessoa analítica descobre ainda na infância o significado da poesia e acredita que nada é por acaso. As idéias que compõem os poemas foram frutos dos amores, das dores dos ciclos vividos. Independente de como criou seus poemas, ele sabe que eles contêm alma, e alma é tudo. Nos anos oitenta, devido a sua indignação com a situação política do país, passa a viver e a buscar seus ideais com intensidade, participando ativamente de movimentos políticos, dividido com a dificil missão do tempo em ajustar as suas diferentes buscas. Nesse período ele cria poemas de apelo social, como: Exploração, O índio, entre outros. É também a fase de sua maior indignação e perplexidade com os assassinatos de líderes sindicalistas do campo, e a morte de Francisco Alves Mendes Filho, o Chico Mendes. O poeta faz uma simples homenagem no final de seu livro, um bihete escrito por Chico Mendes que deixa explícita, sua participação, sua luta e o sonho socialista. Sabe o poeta que nos momentos de grandes agitações sociais e sentimentais muitas vezes as letras se juntam, como numa dança, passando a mostrar algo que só o coração pode criar, igual é a alma do poeta. Aqui algumas dessas criações culminaram em poemas que falam de pássaros, das flores, dos amores, e como não poderia deixar de ser, da mulher, das estrelas, da Lua. O poeta crê, seja através de sonhos, apesar das dores, apesar do medo, apesar da morte, que devemos insistir em viver.